Por FinGuru · Julio 2025
Nos últimos meses, o mundo do trading de criptomoedas na Argentina não deixou de surpreender. Com um crescimento constante em usuários, volume e plataformas disponíveis, nosso país voltou a liderar as estatísticas de adoção na América Latina. Mas, além dos números, o que está acontecendo é uma mudança profunda no perfil do investidor argentino.
Um país que aprende a negociar
Segundo dados recentes, a Argentina voltou a liderar o ranking regional com mais de USD 91.000 milhões operados em criptoativos em 2024, e as projeções para 2025 continuam em alta. As razões não são novas: inflação, controles cambiais e uma moeda local em crise. Mas o interessante é como os argentinos já não apenas “guardam” criptos, mas cada vez mais operam ativamente.
O trading de varejo –ou seja, pessoas operando por conta própria de suas casas– se tornou massivo. Plataformas como Bitget, Binance ou OKX vêm reportando um crescimento de usuários argentinos de até 50% trimestral, impulsionado por ferramentas como o copy trading, que permite replicar as operações de traders experientes.
Quem está por trás do teclado?
O perfil do trader argentino se diversificou. Ficou longe a imagem do “techie jovem” que investia em cripto por hobby. Hoje, muitas mulheres acima de 35 anos e adultos com mais de 60 estão explorando o universo cripto. O acesso pelo celular, a educação online gratuita e a possibilidade de começar com valores baixos abriram a porta para milhares.
Além disso, os usuários deixaram de olhar apenas para o dólar cripto (stablecoins como USDT) e se animaram para o risco: Bitcoin (BTC) representa 26,9% das operações, seguido por Ethereum (ETH, com 13,6%). Até Solana, Ripple e até memecoins como Dogwifhat aparecem no radar argentino.
Além do hype: o que implica este boom?
Esta nova etapa do trading cripto na Argentina traz oportunidades e também desafios. Cada vez mais pessoas se animam a operar em spot, futuros ou até mesmo com alavancagem. Por isso, a educação financeira se torna fundamental: saber ler um gráfico, medir o risco, identificar padrões de mercado e controlar as emoções.
Desde a FinGuru, vemos que este fenômeno abre a porta para repensar como comunicamos as finanças: mais claro, mais visual, mais interativo. E, acima de tudo, com foco no planejamento consciente e não na especulação rápida.
Conclusão
A Argentina vive um momento crucial no ecossistema cripto. Com uma comunidade crescente de traders de varejo, plataformas que desembarcam com força e novas ferramentas educativas, o país se consolida como referência latino-americana em adoção e inovação financeira.
Comentários