Data: 17 de agosto de 2025
Neste inverno, a economia argentina volta a estar no centro das atenções. Depois de meses de certa calma, os últimos dados mostram sinais de alerta: a inflação voltou a subir, o dólar se movimenta com mais força e os bolsos sentem a pressão.
Inflação: leve aumento em julho
Segundo o INDEC, a inflação de julho foi de 1,9 %, um pouco mais que em junho (1,6 %) e maio (1,5 %).
No acumulado do ano, o aumento já chega a 17,3 %.
Os itens que mais aumentaram:
Recreação e cultura: +4,8 %
Transporte: +2,8 %
Alimentos e bebidas: +1,9 %
A inflação núcleo (que mede preços mais estáveis) caiu um pouco, de 1,7 % para 1,5 %. Mas ainda assim, a tendência é preocupante.
O dólar volta a ser protagonista
Paralelamente, o peso argentino se desvalorizou em 1,71 %, e o dólar já se aproxima de $1.343.
No mercado, a taxa de caución disparou para 33 % ao ano, refletindo a tensão financeira e a busca por refúgio em dólares.
Isso leva a pensar que agosto pode fechar com uma inflação superior a 2 %, sobretudo porque os alimentos já mostram aumentos de 2,2 % nas primeiras semanas do mês.
Como isso impacta no dia a dia?
Para os lares argentinos, esses números se traduzem em:
Passagens de ônibus e transporte mais caras.
Supermercados com preços que não cedem.
Férias, saídas e lazer cada vez mais difíceis de arcar.
O efeito é claro: o dinheiro rende menos e obriga a ajustar hábitos de consumo.
Conclusão
A foto atual mostra uma economia que ainda não consegue plena estabilidade. Embora os meses de inflação baixa tenham gerado alívio, a tendência de julho e a pressão cambial geram novas dúvidas.
O grande desafio será ver se, no que resta do ano, o Governo consegue conter o dólar e evitar que a inflação dispare novamente. Enquanto isso, para o bolso argentino, a chave continua sendo cuidar de cada peso e buscar alternativas seguras para proteger a poupança.
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