22/02/2023 - economia-e-financas

Inmoráveis, a Bolsa ou o Negócio Próprio: em que investir?

Por matias daghero

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O dilema da escolha de investimento: imóveis, bolsa ou negócio próprio

Muitas vezes na minha actividade perguntam-me em que é que convém investir, se em imóveis, na bolsa ou no negócio próprio.

Sempre digo que se você for a uma imobiliária vai te dizer que ponha tudo em imóveis. Em vez disso, um agente de bolsa vai te dizer que investir tudo na bolsa e um empreendedor vai te dizer 100% no negócio próprio.

Então, o que fazemos?

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Por que escolher?

À procura de ser alvo, gosto sempre de falar da lei dos terços.

O que me refiro a isto?

Há uma lei que aconselha a colocar um terço do seu capital em imóveis, um terço na bolsa e outro terço no negócio próprio.

Mas para fazer isso, é importante entender o que cada ativo traz à sua carteira.

Comecemos pelos imóveis. Aqui faço a clarificação de que estou falando de comprar um imóvel com o objetivo de obter rendas por seu aluguel. Não estou a falar de gerir um negócio de rendas temporárias do Airbnb ou de comprar um terreno para depois construir um imóvel procurando obter um lucro na sua venda. Nesses casos, não se trata de investir em imóveis, mas sim de investimentos da terceira categoria, o negócio próprio, pois trata-se, na realidade, de um novo empreendimento que envolve maiores riscos e que você deve gerir para que tenha sucesso.

Por exemplo, se você quiser ter um imóvel para aluguel temporário, há que buscar novos inquilinos todo o tempo, gerenciar o check in e check out de cada hospedeiro, a limpeza e manutenção, que os serviços estejam funcionando e que o equipamento esteja em boas condições. Tudo isso implica tempo e custos, alguém tem que se ocupar disso, além de assumir riscos por possíveis deterioraçãos ou que o imóvel fique vazio por um tempo.

Claramente, trata-se de um novo negócio pelo que se você está pensando para a etapa da aposentadoria seria como começar uma nova carreira e não para quem procura uma retirada tranquila.

Agora se comprar um imóvel para cobrar rendas da maneira tradicional, estaríamos falando de um investidor que busca proteger o capital de maneira passiva. Embora os imóveis tenham tido importantes descidas do seu preço em dólares e a rentabilidade seja muito baixa, cerca de 2%, pode ser uma opção para parte do capital daqueles que se encontram na última etapa da sua vida.

Agora, começar com este tipo de investimento quando você ainda é jovem pode prejudicar muito seu patrimônio. Por que te digo isto?

A bolsa, um multiplicador poderoso para seus investimentos

Dentro das opções para seus investimentos, o saco O termo médio pode ser considerado: com muito maior potencial de desempenho do que o dos imóveis, mas menor do que o do próprio negócio.

Deixe-me mostrar-lhe com um exemplo.

Suponhamos uma pessoa que dispõe de US$ 100.000, podendo escolher entre investir em um imóvel ou na bolsa.

Se considerarmos que investe no índice S&P 500 que nuclea às 500 maiores empresas dos Estados Unidos, pode-se estimar um rendimento de 9% anual, a média histórica dos últimos 100 anos. Estamos falando dos Apple, Coca-Cola, Microsoft e Mc Donald’s.

Esta pessoa que tivesse começado com 100 mil dólares teria US$ 109.000 por ano investindo na bolsa versus US$ 102.000 estimado com um imóvel. Não parece uma grande diferença.

Mas, se olharmos para um prazo mais longo, o panorama é bem diferente. Abaixo, mostrei o capital final se você tivesse investido em imóveis versus S&P 500 em diferentes prazos de tempo:

Observe que a diferença aos 5 anos já é notória, tendo mais de 40 mil dólares adicionais investindo em bolsa. Nem falar aos 20 anos, estamos falando de uma projeção do triplo de capital. E aos 30 anos, um horizonte de tempo muito relevante para quem pense na retirada, com o imóvel não teria chegado a duplicar o capital, enquanto com a bolsa tivesse superado o milhão de dólares com crescimento.

O melhor de tudo é que se pode acessar investir neste tipo de empresas em pesos através dos Cedears, desde Argentina. Claro que não te estou dizendo que saia correndo para comprar Cedears. Trata-se de um investimento que tem volatilidade e é fundamental fazê-lo de forma diversificada. Informar e contar com o aconselhamento profissional Você pode ajudá-lo a aproveitar as vantagens da bolsa para sua carteira.

Capitão do seu próprio navio

A última opção seria o negócio próprio. Esta opção que possui o maior potencial para seu patrimônio, mas também é a que tem os maiores riscos. Com um empreendimento próprio você pode perder todo seu capital ou ainda mais se você tomou dívidas. Nos outros investimentos é muito difícil que o seu capital vá a zero se você se aconselhar adequadamente. Mas este é um risco muito real para um empresário.

Os dados demonstram que as maiores fortunas do mundo foram feitas através da criação de uma empresa. São os Mark Zuckerberg, os Jeff Bezos e Bill Gates que todos conhecemos. Mas também muitos ficaram no caminho. É por isso que não aconselho a colocar todo o seu capital nesta opção, por mais fé que tenha a sua ideia de negócios.

Um investidor paciente arma seu caminho aproveitando todas as opções ao seu alcance e diversificando de maneira inteligente.

A sabedoria da lei dos terços dá-nos importantes ensinamentos para as nossas finanças.

Matías DagheroPresidente Closing Bell AdvisorsAgente Assessor Global de Investimento CNV Matrícula 1.117

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matias daghero

matias daghero

Olá, sou Matías Daghero. Sou Assessor Financeiro Certificado por IAEF (Argentina) e IEAF (Espanha), Especialista em Direção de Finanças (ICDA-UCC) e Contador Público (UCC). Atualmente se desempenha como presidente do Closing Bell Advisors (AAGI Matrícula CNV1.117), assessorando indivíduos e empresas no armado de estratégias de investimento para a
preservação e/ou aumento do capital.

Sou diretor dos Programas de Finanças Pessoais da Universidade Católica de Córdoba.

Também fiz trabalhos de consultoria e aconselhamento financeiro a Pymes.

Sou autor dos livros “Com os $ que tenho, o que faço?” e “Finanças simples para uma Vida Feliz”, livros em que se explica com uma linguagem clara e ameno para o leitor não especialista em assuntos financeiros, como ordenar as finanças pessoais e investir o dinheiro.

Além disso, sou um colaborador comum na mídia como El Economista, Âmbito Financeiro e A Voz do Interior.

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