A luta pela intermediação financeira.
Por horacio gustavo ammaturo
A tecnologia financeira ou “fintech” envolve todas as novas propostas de serviços e ferramentas que se desenvolvem para melhorar e automatizar os serviços financeiros.Em geral, requerem importantes investimentos em programação informática, no entanto, a difusão e comunicação Para obter clientes leva-se a maior parte do dinheiro necessário para posicionar uma fintech.Por se tratar de soluções online, grande parte dos esforços na comunicação são realizados em redes sociais e mídias digitais. Uma das particularidades da difusão em redes passa por “a instantaneidade na conversão”, isto é, se o cliente deixar passar a oportunidade quando vê o anúncio dificilmente voltar a procurá-lo em outra oportunidade.Milhares de milhões de dólares “se queimam” Por ano, ao redor do mundo em projetos fintech que fracassam ou conseguem fracos resultados, no entanto, investidores e instituições financeiras de todo o mundo continuam apostando nelas.
Por que será?
Os intermediários nos pagamentos são as pessoas ou entidades que atuam como mediadores entre o emitente e o receptor de um pagamento, facilitando a transação e cobrando uma comissão pelos seus serviços.Alguns exemplos de intermediários nos pagamentos são:
- Os bancos, que oferecem contas correntes, cartões de crédito ou débito, transferências, cheques e outros meios de pagamento aos seus clientes, e que realizam as operações de compensação e liquidação entre eles.
- As plataformas de pagamento on-line, que permitem efectuar pagamentos por internet ou por dispositivos móveis, usando uma conta associada a um cartão, uma conta bancária ou um saldo virtual.
- Os intermediários de pagamento, que são terceiros que recebem o dinheiro de uma pessoa e são transferidos para outra, sem que o emitente conheça a forma como o pagamento foi recebido. Alguns desses intermediários são os supermercados ou as agências de viagens, que oferecem o serviço de pagamento de facturas, serviços ou impostos.
- Os gestores de cobrança, são empresas ou profissionais que se encarregam de gerir a cobrança de dívidas ou facturas pagas, seja por via amigável ou judicial.
Cada um destes serviços integra outras soluções fornecidas por outros fornecedores, desta forma, acumulam-se custos transaccionais que, na maioria dos casos, aplicam uma porcentagem sobre a operação que se processa. Dependendo do país e do tipo de serviço utilizado, os custos oscilam entre 2.5% e 12%, existindo em muitos casos montantes mínimos fixos para as operações de pouco valor.Cada uma das empresas que se unem para “melhorar a experiência” daqueles que pagam procuram encontrar um lugar nessa “cade da felicidade” para obter uma porção dos adorados feios por transação e obviamente, dão briga por manter seu pedaço de monopólio em qualquer esro.Nos últimos dias, vimos como dois jogadores dessas ligas passam facturas em defesa dessas “quintas” que souberam conseguir.Por um lado, os bancos, que procuram dificultar o acesso às suas contas por parte das carteiras eletrônicas, obrigando os clientes de ambos os serviços a realizar uma operação mais, transferir manualmente da conta bancária para a virtual.Por outro lado, a principal fintech da região, que quer fazer valer sua posição e levanta, numa prorrogação atrás outra, adiar a interoperabilidade do QR anunciada em meados de 2022 pelo Banco Central da República Argentina.Ambos defendem seus monopólios em detrimento da concorrência e principalmente dos clientes.O futuro dos pagamentos passará inevitavelmente pela desintermediação, Ou seja, por reduzir, em todo o possível essa sucessão de serviços, algumas vezes redundantes, que se acumulam em busca de um nicho que lhes permita, em forma automatizada e escalável, captar uma parte das operações que por seu entorno passam.Se integramos o mundo do dinheiro físico, diretamente com o digital, podemos sortear vários intermediários. Soluções que vão do bolso para a wallet digital permitem aos clientes simplificar suas operações.As carteiras em blockchain, por fora das redes bancárias, evitam emissores de cartões de crédito, processadores de pagamentos, bancos, fornecedores de equipamento e integradores como as passarelas de pagamentos. Tudo se simplifica e reduz duas carteiras que podem ser ligadas peer to peer, ou seja, directamente entre elas.Talvez, o governo que se inicia enarbole a bandeira da liberdade Também neste sentido, mudando normativas que produzem compartimentos estancos, pelos quais há que passar obrigatoriamente deixando parte dos nossos recursos neles.Basta, por exemplo, o pagamento dos salários formais, que devem ser obrigatórios por uma conta bancária. A alteração desta resolução poderia contribuir para que as empresas disponham dos seus próprios sistemas de processamento para o pagamento dos seus empregados, gerando valor e oportunidades de acordo com as condições e características de cada sector.Deseja validar este artigo?
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horacio gustavo ammaturo
Chamo-me Gustavo Ammaturo. Sou licenciado em Economia. CEO e Diretor de empresas de infraestrutura, energia e telecomunicações. Fundador e mentor de empresas de Fintech, DeFi e desenvolvimento de software. Designer de produtos Blockchain.
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