Antes de viajar, perguntei a um amigo, que há alguns anos vivia em Barcelona com sua esposa, se havia vida fora da cidade. Queria saber se, como emigrante, estava “obligado” a instalar-me no núcleo do quilombo, ou se tinha alguma margem de manobra. Disse-me que sim, mas que eu tinha cuidado com os viáticos se eu laburava na city.A verdade é que era a primeira vez que me passava de que podia escolher (literalmente escolher) onde ia viver. Parece uma boludes, mas é algo que quando passa te descoloca um pouco. Há 195 países no mundo, e sentis uma liberdade média paralisante produto de tantas opções. No meu caso, esse partido ganhou a família e as amizades. Devia estar perto deles.Não só ganhou o jogo, o liquidou aos 20 minutos do primeiro tempo. Quando o projeto de emigrar em família ainda estava em fraldas. (Se eu emigrei com um pibe de 3 anos e meio. Mas essa história pa’ a próxima.)Não é novidade que muitos argentinos escolhem Barcelona para viver. A Espanha, em geral, costuma ser a primeira escolha: pela língua e por que não existe uma bolacha que não esteja banhada em chocolate. Mas, dentro de Espanha, Barcelona e Madrid lideram o ranking.Como elas, muitas outras cidades do mundo estão vivendo um movimento migratório muito grande. De argentinos, e de pessoas de todas as partes do planeta. Isto cria um cenário onde muitos países devem adaptar as suas economias, cidades que devem adaptar a sua infra-estrutura, e sociedades que devem adaptar as suas rotinas e costumes.
27/03/2023 - entretenimento-e-bem-estar
Há vida fora de Barcelona
Por santiago toselli
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santiago toselli
Nascido em Chubut em 1987, de pai geólogo e mãe docente. Estudei jornalismo e marketing, e trabalhei durante dez anos na área contabilística de diferentes entidades de saúde. Marido de Sol, pai de Luca, torcedores de Quilmes e amante da astronomia.
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