O que querem descobrir sob o mar
O objetivo não é apenas mergulhar nas sombras do oceano. Os cientistas buscam:
● Mapear e documentar a vida marinha desconhecida do fundo.
● Analisar a evolução genética de espécies como esponjas carnívoras e equinodermos.
● Detectar a contaminação humana em áreas remotas, incluindo microplásticos.
● Criar modelos 3D e conteúdo educativo para museus e escolas.
O robô que vê tudo: SuBastian
O ROV SuBastian, um robô submarino controlado remotamente, desce até 4.500 metros, captura imagens em ultra alta definição e coleta amostras delicadas do fundo sem danificá-lo. Esta tecnologia é usada pela primeira vez em águas argentinas, marcando um divisor de águas na oceanografia nacional.
Da ciência ao trending topic: milhões acompanham a expedição ao vivo
O show das profundezas
Transmissões ao vivo do fundo do mar —graças ao robô SuBastian— acumularam mais de 1,6 milhão de espectadores diários. Os usuários continuam maravilhados com animais estranhos: peixes transparentes, caranguejos peludos, estrelas do mar laranjas… tudo a milhares de metros abaixo da superfície.
Educação, cultura e orgulho nacional
Além do espetáculo visual, esta campanha científica impulsiona uma onda de interesse em ciência e conservação marinha. As imagens serão usadas para educação em escolas, museus e meios interativos. Também serão gerados dados abertos para a comunidade científica global.
Ciência sob pressão: o pano de fundo político da expedição
Enquanto o mar sobe, o orçamento desce
Embora a expedição esteja florescendo, a situação do CONICET em terra firme é crítica. Cortes de 21% no orçamento, suspensão de bolsas e demissões em massa contrastam com o interesse massivo pelo projeto. Isso gerou protestos e uma paralisação nacional de pesquisadores em defesa da ciência.
Um chamado das profundezas
A sociedade argentina, presa pelas imagens de criaturas abissais, também parece despertar para uma demanda mais profunda: a necessidade de investir em conhecimento, tecnologia e ciência pública. Nas redes sociais, multiplicam-se as mensagens de apoio ao CONICET e os pedidos de financiamento digno.
Instituições que tornam isso possível
Participam da campanha pesquisadoras e pesquisadores de:
● CONICET
● Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN)
● IBIOMAR, IIMyC, IDEA, IBBEA, CADIC
● Universidades nacionais de Buenos Aires, Córdoba, La Plata e Mar del Plata.
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