Pesquisas sobre o uso de psicodélicos e substâncias alucinogênicas para transtornos mentais levam um histórico bastante antigo. No entanto, nem sempre foram bem recebidos pelo público a nível geral.
Nos últimos anos, devido às crises associadas à saúde mental e à grande porcentagem de pessoas ao redor do mundo que sofrem patologias dessa natureza, os psicodélicos voltaram a aparecer na agenda. Os pesquisadores novamente puseram o foco nessas substâncias e seus possíveis efeitos, reconhecendo a necessidade de novas ferramentas terapêuticas.
Assim, os estudos começaram a enfatizar nos benefícios da psilocibina (o ingrediente psicoativo dos fungos alucinógenos), especificamente no tratamento da depressão. Essa doença é hoje uma das primeiras causas de incapacidade a nível mundial, afetando milhões de pessoas de diferentes faixas etárias.
Acredita-se que este componente atua desbloqueando temporariamente as conexões neuronais na Rede de Modo Predefinida, que estariam associadas ao pensamento ruminativo, característico da depressão. Justamente ao permitir essas conexões, permitem uma reorganização dos pensamentos e se conseguiria dessa maneira que a pessoa possa sair desse circulo vicioso de pensamentos negativos e possa ter uma visão mais clara dos mesmos. Isso ajuda a compreender melhor a situação e poder ter maior tolerância ao mal-estar.
Essas pesquisas propõem uma abordagem inovadora nas possibilidades de tratamentos para a depressão. No entanto, a maioria dos pesquisadores concordam que é necessária uma maior investigação em torno dos efeitos secundários e deve ser tratada com máxima precaução e supervisão rigorosa. Sugere-se não adiantar-se ou apressar-se a nenhuma afirmação, pois os estudos não descartam a possibilidade de que essas substâncias pudessem induzir psicose em pessoas com transtornos mentais subjacentes, ou aumentar o risco de patologias cardíacas, por exemplo. Também não se sabe se podem ser úteis no tratamento de outras doenças.
Embora se tenha avançado muito em pouco tempo, ainda falta um longo caminho a percorrer. Os profissionais devem estar atentos a futuras pesquisas e se formar de maneira responsável para um futuro poder contar com um protocolo rigoroso e rigoroso sobre o uso dessas substâncias e avançar no caminho da ciência.
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