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O Dia das Mães é uma data dedicada a homenagear o papel materno e reconhecer o amor, o cuidado e a presença das mães na vida familiar e social. Embora seja celebrado em diferentes datas conforme o país, o sentido da jornada é universal: agradecer e valorizar sua figura na construção dos vínculos e da comunidade.
Esta festividade ocorre no segundo domingo de maio em cerca de 34 países, entre eles: Chile, Brasil, Venezuela, Colômbia, Equador, Canadá, Estados Unidos e Austrália. No entanto, em outros, é celebrado no primeiro domingo deste mês, sendo: Espanha, Portugal, Hungria, África do Sul e Lituânia.
No caso de nosso país, o dia 11 de maio é celebrado como o Dia do Hino Nacional Argentino, uma das peças mais representativas de nossa identidade. Em meio ao fervor independentista que marcou o mês de maio, e apenas três anos após a Revolução de 1810, esta canção nacional foi oficialmente aprovada. Surgiu como parte do processo simbólico de ruptura com a coroa espanhola: após a criação da faixa, da bandeira e do brasão, as Províncias Unidas do Rio da Prata encomendaram uma marcha que unisse o povo sob uma mesma voz. A letra foi escrita por Vicente López e Planes, que se inspirou no clima da época e na peça teatral El 25 de mayo en la Casa de la Comedia para compor uma peça original que durava cerca de vinte minutos.
Por outro lado, o Dia das Mães na Argentina tem uma raiz histórica particular. Embora a data esteja associada a uma tradição católica que comemora a Maternidade da Virgem Maria, estabelecida pelo papa Pio XI em 11 de outubro de 1931, no país decidiu-se inicialmente celebrar o Dia das Mães no domingo anterior ou posterior a esta data. Com o tempo, estabeleceu-se no terceiro domingo de outubro, buscando garantir que todas as famílias pudessem homenagear suas mães em um dia não útil, tornando a celebração ainda mais significativa.
Ao contrário da Argentina, a maioria dos países, incluindo vários da América Latina como Chile, Brasil e Peru, celebram o Dia das Mães em maio. Esta escolha responde ao fato de que maio é considerado o “Mês de Maria” na tradição católica, além de que muitos países adotaram o costume americano, instituído oficialmente no início do século XX.
Nos Estados Unidos, duas mulheres influentes lutaram para que se reconhecesse o Dia das Mães: a poetisa e ativista Julia Ward Howe e Anna Reeves Jarvis. Esta última liderou uma campanha ativa que se espalhou por todo o território americano, até que finalmente obteve resultados. Em 1914, o presidente Woodrow Wilson declarou oficialmente que o Dia das Mães seria celebrado no segundo domingo de maio, tornando-se uma festividade nacional.
As origens desta celebração vêm da civilização egípcia, onde a deusa Ísis, conhecida como "Grande Mãe", era objeto de culto e homenagem. Na Grécia antiga, a deusa Reia, mãe dos deuses do Olimpo, também era venerada, e no Império Romano prestava-se culto à deusa Cibele, a Deusa Mãe. Essas figuras mitológicas foram precursoras da ideia de honrar a maternidade, uma tradição que foi se adaptando e transformando ao longo dos séculos.
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