Shiri Bibas junto a seus filhos, Kfir e Ariel
O conflito entre Israel e Hamas está repleto de histórias devastadoras, mas poucas tocaram tão forte quanto a da família Bibas. Shiri Bibas, de origem argentino-israelense, e seus dois pequenos filhos, Ariel e Kfir, foram sequestrados durante um ataque brutal em 7 de outubro de 2023 no kibutz Nir Oz. Desde então, sua história se tornou um exemplo do sofrimento humano que as guerras deixam.
O sequestro e as versões cambiantes
O ataque a Nir Oz foi devastador: Hamas invadiu, matando os pais de Shiri e levando ela e seus filhos para a Faixa de Gaza. Durante meses, a incerteza foi total. Em um ponto, o Hamas afirmou que todos haviam morrido em um bombardeio israelense, mas não havia evidência clara disso.
A verdade veio à tona em 20 de fevereiro de 2025, quando o Hamas entregou os corpos de Ariel e Kfir, assassinados em novembro de 2023. Sobre seus caixões escreveram "Data de prisão: 07/10/2023". Mas não foi uma prisão: eles foram sequestrados. Arrancaram-nos vivos de suas casas e os devolveram em caixões.
Junto com os corpos das crianças, enviaram outro corpo, afirmando que era o de sua mãe, Shiri. No entanto, uma autópsia revelou que o corpo não lhe pertencia. São monstros. Quando se imagina que não podem fazer nada mais horrível, eles se superam. São o pior do pior do pior. Existem dois bebês argentinos que foram assassinados por terroristas e até o último segundo continuam brincando com a vida e o morbido.
Um país em luto e silêncio
A Argentina declarou dois dias de luto nacional pela morte de Ariel e Kfir. No entanto, surpreende o silêncio de muitas vozes que deveriam ter se levantado. Somos um país com uma história intensa e lamentável de bebês que foram tirados de suas mães com vida e que nunca mais soubemos nada sobre eles. Temos organismos de direitos humanos que dedicaram décadas a isso. Hoje, todas essas instituições e pessoas estão em silêncio. Ou, ainda pior: defendendo os assassinos de Kfir e Ariel, transformando os vítimas em algozes.
Não consigo entender o silêncio da maioria dos argentinos sobre o que está acontecendo. Não quero pensar que é porque esses dois bebês são judeus. Gostaria de entender por que silenciam diante da barbárie mais terrível, diante de um ato tão desumano.

O cinismo do Hamas e seus defensores
O que o Hamas fez não é apenas uma violação das normas internacionais, mas uma demonstração clara de seu desprezo absoluto pela vida humana. Não é um grupo de "resistência", como alguns insistem em chamá-lo; é uma organização terrorista que usa civis como escudos humanos e sequestra crianças para depois devolvê-las em caixões.
O que é igualmente indignante é ver como em marchas e manifestações em frente ao Congresso argentino e em outras partes do país são exibidas bandeiras da Palestina, não para pedir paz, mas para justificar ou minimizar os atos atrozes do Hamas. Não se pode pedir compaixão por uma causa enquanto se ignora ou se aplaude a violência terrorista.
Há uma diferença fundamental entre defender os direitos do povo palestino e justificar o terrorismo. O Hamas não representa a paz nem a autodeterminação; representa o ódio, a destruição e a morte de inocentes. Aqueles que levam bandeiras palestinas para apoiar o Hamas estão implicitamente apoiando esses crimes.

A dor do que não se sabe
O paradeiro de Shiri continua sendo um mistério. Está viva? Foi assassinada também? As perguntas sem resposta pesam muito mais quando se considera os meses de angústia que já viveram os familiares e amigos dos Bibas. É uma dor que qualquer pessoa pode imaginar: a esperança que se agarra à vida de um ser querido e a incerteza que consome tudo.
Um chamado à comunidade internacional
O caso da família Bibas não pode ser relegado a mais um título de uma guerra interminável. A comunidade internacional tem a obrigação de se pronunciar com firmeza. Não basta condenar esses atos; é necessária ação real para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados. O silêncio, a passividade ou as condenações mornas apenas alimentam a impunidade.
O simbolismo da família Bibas
A história dos Bibas vai além de uma tragédia individual. É uma marca de que o terrorismo não tem limites e que as guerras modernas já não distinguem entre combatentes e civis. Ariel e Kfir não tinham nenhuma chance de se defender, e seu assassinato é um crime que deveria escandalizar o mundo inteiro.
A busca por justiça e memória
Os responsáveis pela morte dessas crianças devem ser levados à justiça. Não pode haver paz sem justiça, e não pode haver esquecimento para crimes dessa magnitude. Mas também é importante que a memória de Ariel, Kfir e Shiri seja preservada. Suas vidas devem ser lembradas não apenas como vítimas de um conflito, mas como pessoas reais com sonhos, alegrias e um futuro que lhes foi arrasado.

Não ao esquecimento, não à indiferença
A história da família Bibas não deve nos deixar indiferentes. Se permitirmos que crimes como este se tornem parte do "ruído de fundo" de uma guerra eterna, teremos perdido uma parte essencial de nossa humanidade. A magnitude do sofrimento que essa família enfrentou é um chamado à ação: para exigir justiça, para lembrar e, acima de tudo, para não aceitar a barbárie como algo normal.
Hoje, Ariel e Kfir são um símbolo da necessidade urgente de proteger os inocentes em tempos de guerra. E sua mãe, Shiri, viva ou não, merece que o mundo não descanse até que sua história seja contada com a verdade completa.
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