📉 O Peso Argentino Volta a Enfraquecer
Em apenas 10 dias, o peso se desvalorizou em 6,75% em relação ao dólar, cotando perto de
$1.264 por dólar oficial no mercado atacadista. Esta é uma das quedas mais drásticas
do ano e reflete um crescente ceticismo sobre a estabilidade econômica e política
do país.
Simultaneamente, o índice Merval caiu 2% na semana e perdeu mais de 17% em dólares no
último mês, mostrando uma clara fuga de capitais em direção a ativos mais seguros.
Veto Presidencial: Mensagem ou Risco?
O presidente Javier Milei vetou parcialmente o projeto de lei que aumentava as
aposentadorias mínimas. A medida foi apresentada como uma ação “fiscalmente responsável”
em linha com os compromissos com o FMI e a necessidade de manter o superávit
primário.
💬 Desde o Governo, argumenta-se que “não há margem” para mais gastos.
✅ Para os mercados, foi um sinal de compromisso econômico.
❌ Para a oposição e setores sociais, foi uma provocação.
A decisão dividiu opiniões: tranquilizou os investidores, mas acendeu a chama política e
social em um momento chave.
📊 Consequências em Tempo Real
As repercussões não tardaram a aparecer. Alguns dos efeitos imediatos:
1. 💱 Maior volatilidade cambial: Aumenta a disparidade entre o dólar oficial e os
financeiros (MEP, CCL), gerando maior incerteza.
2. 📈 Inflação em alta: Projeta-se uma inflação mensal entre 1,8% e 2,1%,
impulsionada pela alta do dólar e fatores sazonais.
3. 💰 Pressão sobre reservas: O Banco Central continua sem acumular reservas líquidas de
forma sustentável. As turbulências poderiam forçá-lo a intervir.
4. 🔁 Mudanças no apetite do investidor: Cresce o interesse por instrumentos de cobertura
em pesos de curto prazo, como depósitos a prazo ou fundos T+1.
Conclusão: Ventos Cruzados
Argentina se encontra novamente em uma encruzilhada: precisa mostrar ordem fiscal diante
do FMI e dos mercados, mas também enfrenta um crescente mal-estar social e uma agenda
eleitoral complexa.
Conseguirá manter esse delicado equilíbrio?
As eleições de outubro podem ser um ponto de inflexão não apenas político, mas também
econômico.
Continuaremos atentos. Porque na Argentina, a economia nunca descansa.
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