23/01/2023 - politica-e-sociedade

O assassinato de Fernando Báez Sosa Um crime classista e racista de fundo?

Por mariano margarit

O assassinato de Fernando Báez Sosa Um crime classista e racista de fundo?

O ASESINATO DE FERNANDO BÁEZ SOSA

Um crime classista e racista de fundo?

“Chicos bem”, “gente de poder”, “rugbiers”, “caducou”, “me levo como troféu”, “flasheamos e matamos alguém”, “pacto de silêncio”. Todos estes são conceitos que foram escritos ao longo dos últimos dias deste novo ano que começou lembrando o terceiro aniversário pela morte daquele jovem jovem à saída de um boliche após uma disputa (supostamente) fruto de um choque em um pogo, o qual tem varia versões sobre seu início (um golpe entre todos os membros, uma bebida derramada, um empurrão, etc) e nenhuma oficialmente esclarecida.Sabe-se que a posição-status socioeconômico da família da vítima não é de classe alta, mas que poderia ser considerado de classe média baixa ou diretamente baixa; por outro lado, o esporte do Rugby tem se associado sempre diretamente a famílias “pontes” ou “de bem”. A tal ponto que o advogado defensor, o Dr. Fernando Burlando, ofereceu-se voluntariamente de forma gratuita para levar adiante o caso (o qual pode ser visto como um bom gesto ou como auto publicidade). Enquanto os acusados e suas famílias provêm de ambientes socioeconômicos um tanto mais elevados (e isso já foi mencionado em outras fontes igualmente); por outro lado, um dos advogados das famílias dos acusados, o Dr. Hugo Tomei, constantemente apontou as manobras mediáticas, o mau RCP realizado, e agora se soma outro fator: a carta de alguns médicos forenses que dizem não saber como realmente morreu.De qualquer maneira nenhum dos acusados pediu perdão e os pais desses também não, mas lamentam estar vivendo essa situação e não pela morte de um inocente rapaz no qual já se provou que de diferentes maneiras seus filhos estiveram envolvidos, mesmo alegando que pelo menos “os seus filhos estão vivos e estão com eles”. Na verdade, um dos tweets do pai de um dos acusados (de Matias Benicelli especificamente) mostra que este levava o seu filho de caça e festejava a morte de animais (na foto pode-se ver o festejo com as palavras “hoje matou o seu primeiro cervo”) como se fosse meritório (apesar da legalidade da caça, desde essa instância já parecia estar ensinando a se sentir superior e dono da vida de outros seres vivos), o que deu pé a que se vá levando a um armado da psicologia dos acusados e de suas famílias. Fernando Baez Sosa, nesse caso, era um animal que havia que levá-lo morto como troféu ao igual que aquele cervo?Houve muitos crimes semelhantes à saída dos boliches, infelizmente, ou seja, protagonizado por rugbiers (e em todos se dá a mesma justificação: “son assim”, “son de classe alta”, “se acreditam superiores”, “há que entender a cabeça deles”), mas, no entanto, este crime teve um impacto maior do que outros casos porque começaram a ver esses detalhes das vidas dos acusados que os denotam como pessoas violentas procedentes de ambientes que lhes ensinavam a ser o que são agora (o que tem dado pé a se lembrar e se indague mais em detalhes dos outros crimes previamente cometidos por outros jogadores do mesmo esporte).Tendo em conta tudo o que precede, devemos perguntar o seguinte: os pais dos atacantes fazem gozo de sua condição e status socioeconômico para poder ter a melhor vantagem e tajada no julgamento? Houve subornos à Justiça que intervém neste caso? Os atacantes se sentiam superiores por alguma razão para matar alguém como Fernando? Foi por sua cor pele ou porque viam-no “buenito” ou “pobrecito” nesse momento? Tanta bronca foi gerada por um pogo mau feito? Realmente o rugby é um esporte propenso a gerar esse tipo de comportamentos? Invito à reflexão para saber se de fundo houve um sentimento ou emoção do tipo racista ou clasista de se sentir superior à vítima por parte dos atacantes, e de compreender melhor o porquê de agirem em bando para atacar e acima matar alguém que nada mal tinha feito naquele momento. Para a próxima nota, também referida ao mesmo tema, falar-se-á sobre a suposta cultura que garante esse tipo de comportamento “rugbier” que, de alguma forma, se naturalizou.Para argumentar melhor o que eu digo, recomendo ver os filmes PIPA na Netflix, e também EL CLAN: uma boa combinação para entender em que medida influencia o esporte e as classes sociais ao momento de se sentirem acima do resto.

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mariano margarit

mariano margarit

Olá, meu nome é Mariano, graduei-me das corridas de Ciência Política e Relações Internacionais. Esses estudos excitantes me serviram para me concentrar na meticulosa análise do contexto político, social e econômico a nível nacional e internacional. Quero dar sempre a minha melhor resposta de acordo com cada pessoa, momento e lugar. Enriquecmendo-me com cada situação, aprendendo em cada contexto, e dando a minha melhor atenção àqueles que colocam sua confiança em mim. Conto com diferentes experiências em diferentes áreas que fui desenvolvendo ao longo da minha vida. Aspiro a contribuir para o progresso da área em que seja funcional para que este cada dia se fortalhe mais, fazendo valer a responsabilidade e confiança depositada em mim.

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