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Espionagem, subornos e traições? O escândalo que abala a Casa Rosada

Por Mirko Ferraiolo

Espionagem, subornos e traições? O escândalo que abala a Casa Rosada

Em apenas algumas semanas, o partido no poder foi apanhado numa tempestade de espionagem, corrupção e lutas pelo poder.

espionagem, corrupção e lutas pelo poder. O que começou com a fuga de gravações privadas

gravações privadas acabou numa queixa à Justiça Federal apresentada pelo próprio governo.

pelo próprio governo. Segundo o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, trata-se de

"uma operação ilegal de inteligência para desestabilizar o país", que incluiu escutas dentro da

da própria Casa Rosada.

Mas os áudios divulgados não falam apenas de espionagem: visam também Diego

Spagnuolo, antigo diretor da Agência Nacional para a Deficiência (Andis) e homem próximo do Presidente Javier Milei.

próximo do Presidente Javier Milei. Nestas conversas, descrevem um sistema de

sistema de subornos de 3% a 8% na compra de medicamentos, mencionando como beneficiários nada mais nada menos que Karina Milei.

como beneficiários nada mais nada menos que Karina Milei e Eduardo "Lule" Menem.

Espionagem ou cortina de fumo?

O governo sustenta que as gravações de Karina Milei têm como objetivo condicionar politicamente o Presidente da República no período que antecedeu a eleição para o cargo de Presidente da República.

condicionar politicamente o Presidente na preparação de um novo ano eleitoral. No entanto,

No entanto, a reviravolta no enredo é surpreendente: a acusação de espionagem surgiu exatamente quando a

a Justiça estava a avançar com rusgas à Andis e às farmácias envolvidas, após a difusão dos áudios comprometedores

a divulgação dos áudios comprometedores.

A cena política está dividida: trata-se de uma manobra de desestabilização ou de uma tentativa de desestabilizar o governo?

manobra de desestabilização ou uma tentativa de desviar as atenções de um caso de corrupção que afecta diretamente

que afecta diretamente o círculo íntimo do Presidente?

Os factos centrais

Acusação oficial: Adorni confirmou a apresentação à Justiça Federal

por informações ilegais.

Áudios comprometedores: Spagnuolo fala de uma distribuição de subornos,

apontando para "3% para Karina".

Investigação judicial: o juiz Sebastián Casanello ordenou rusgas no Andis, na farmácia

Andis, na drogaria Suizo Argentina e em casas particulares, com a apreensão de dinheiro, telemóveis e documentação.

dinheiro, telemóveis e documentação.

● Consequências políticas: Milei destituiu Spagnuolo, mas a oposição exige explicações e aponta diretamente o dedo

exige explicações e aponta o dedo diretamente à sua irmã.

Um golpe para a narrativa pró-governamental

1. imagem em queda: sondagens recentes mostram uma forte erosão da confiança no governo.

de confiança no governo.

2. Promessas não cumpridas: o caso contradiz a narrativa de Milei de "acabar com a casta

a casta", uma vez que as suspeitas envolvem o seu círculo mais próximo.

3. Impacto institucional: a mistura de espionagem, corrupção e justiça abre uma frente que mina a credibilidade do sistema.

frente que mina a credibilidade do sistema político.

4. Oposição ao ataque: de Cristina Fernández de Kirchner aos líderes do Juntos por el Cambio

O grupo Juntos por el Cambio compara a situação com os grandes escândalos de suborno em obras públicas.

escândalos de suborno em obras públicas.

Um caso que pode redefinir o cenário

A combinação de escutas ilegais e corrupção coloca a administração de Javier Milei

Javier Milei perante a sua maior crise desde a sua entrada em funções. Embora os tribunais ainda não tenham emitido uma sentença

os danos políticos já estão feitos: a figura de Karina Milei, até agora vista como a mais sólida apoiante da administração de Javier Milei, foi posta em causa.

até agora vista como o apoio mais sólido da administração, está agora sob um manto de suspeição.

O que acontecer nas próximas semanas não só irá moldar o futuro do governo libertário, mas também o clima político.

O futuro do governo libertário, mas também o clima político do país.

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Mirko Ferraiolo

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