Jane Goodall
Na última quarta-feira, 1º de outubro, a cientista e ativista britânica Jane Goodall, conhecida em todo o mundo por suas contribuições e divulgação sobre os chimpanzés, faleceu aos 91 anos. Goodall deixou um legado incalculável; seus estudos sobre esses animais nos aproximam da compreensão de nossos ancestrais mais próximos.
Talvez muitos de vocês cumprimentem dizendo Bonjour ou good morning, outras criaturas cumprimentam de forma diferente. Neste momento, a aclamada cientista Jane Goodall fez os sons exatos que os chimpanzés usam para se cumprimentar e se comunicar. Naquela conferência, Goodall não se importou com o que os outros diriam; seu único objetivo era que o público tomasse consciência da importância desses animais, de seu lugar no mundo além das necessidades humanas.
Nascida no Reino Unido em 1934, a pequena Jane começou seu caminho como ativista pelos direitos dos animais após receber um pequeno chimpanzé de pelúcia. Esse brinquedo causou tanta fascinação em sua dona que a levou a estudar etologia e se interessar pelas qualidades dos chimpanzés.
Ao longo de sua vida, Jane Goodall se concentrou nas colônias de chimpanzés que habitavam a Tanzânia, um país africano que sofreu o jugo colonial de seu próprio país de origem, a Grã-Bretanha. As descobertas que realizou por meio de suas pesquisas, em relação aos sentimentos e emoções dos chimpanzés - só para citar um exemplo, comprovar que os chimpanzés sonham à noite - nos permitiram refletir sobre nossa relação com a natureza e os seres que a habitam e fazem parte dela.
Em um mundo materialista e neoliberal, Goodall optou pela conservação e proteção do meio ambiente. Em um contexto onde os efeitos das mudanças climáticas se tornam cada vez mais palpáveis na sociedade, Goodall decidiu conscientizar sobre nosso lar comum, lembrando-nos de que este é o nosso único planeta.
Mas seu ativismo não se limitava apenas à defesa dos direitos dos animais. Em um vídeo que filmou para a Netflix pronunciando suas últimas palavras e que foi publicado nos últimos dias, Goodall expressa seu anseio de que uma nave especial levasse Elon Musk, Netanyahu, Trump, Putin e Xi para que não continuem destruindo nosso mundo.
Jane Goodall pode ter desaparecido fisicamente, mas seu legado perdura no mundo científico e nas mulheres que seguirão seus passos. Que sua memória seja uma revolução.
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