08/05/2023 - politica-e-sociedade

Libertação Femenina - EUA anos 60'

Por guadalupe camurati

Imagen de portada
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História histórica e cultural

Das três grandes ondas do feminismo americano podemos localizar a liberação feminina dentro da segunda onda, nos anos 60”. A primeira onda deu como produto a possibilidade do voto feminino e embora o grupo de feministas continuem lutando, não se formou uma onda tão grande até os anos 60’ onde se acumularam vários eventos.

Durante a década de 1960, diante da busca da igualdade entre os direitos do homem e da mulher, surgiu a libertação feminina. Protagonizou a mulher como questão social. Em 1949 é publicado na França o livro “O segundo sexo” de Simone de Beauvoir, que chega aos estados unidos pelo ano 53”. Um livro que expressa como as mulheres foram tratadas ao longo da história: em um segundo plano, depois do homem. Daqui surge uma frase muito conhecida do feminismo que diz: “Uma não nasce, mas se torna mulher”.

No ano 63' Betty Friedan, escreve o livro “The Feminine Mystique"onde incorpora entrevistas a mulheres e fala sobre “o problema que não tem nome”, Ou seja, expressa através de pesquisas que realizou, a infelicidade das mulheres que viviam dentro de suas próprias esferas como amas de casa e suas diferenças com a outra esfera, a outra realidade, a dos homens. Depois do sucesso que este livro gerou, eles se juntam muitas mais mulheres e expandem a disconformidade formando assim, a segunda onda.

O surgimento da liberação feminina

Nesse mesmo ano, John F. Kennedy promulgou de Lei da Igualdade Salarial e a criação de pílulas contraceptivas Foram alguns dos eventos que contribuíram para a liberação feminina. As mulheres sentiram-se mais empoderadas e livres para tomar decisões sobre sua sexualidade e maternidade, o que as motivou a buscar mudança nas atitudes e situações preestabelecidas socialmente devido ao seu gênero. Além disso, durante esse período, outros movimentos como o dos direitos civis da população afro-americana e o movimento gay também estavam ocorrendo em paralelo.

Outro aspecto que influencia o papel das mulheres foram as Guerra do século XX: estes fizeram com que os homens vão lutar e nos países ficam as mulheres a cargo de seus trabalhos para sustentar a economia. Quando os mesmos retornaram estas mulheres já não queriam voltar a se encerrar em suas casas para cuidar dos filhos. Surge um novo empoderamento e re valorização do papel feminino. Na década de cinquenta a mulher era muito reconhecida e estereotipada como ama de casa, mãe, obediente, boa esposa e devota a dar prazer ao homem. “A mulher perfeita”. La aparência Era feliz. Com o tempo coEles mençaram a sentir-se vazias, sem nenhum propósito real à vida: queriam começar a contribuir como seus maridos, pais e irmãos. Em 1968 adotaram por uma estratégia de conscientização para mudar a imagem que as mulheres tinham sobre si mesmas e a sociedade. Gerar mais autonomia, confiança, liberdade. Saindo da figura masculina e da sociedade falocêntrica pouco a pouco.

Com o tempo, criaram grupos de apoio a mulheres abusadas sexualmente, programas de saúdead, exigiram igualdade na educação e no trabalho e combateram a imagem estereotipa que tinha sido imposto à figura feminina. Já não voltavam atrás. Em 1966 se cria a NOW : National Organization of Woman, agrupamento que luta com as causas feministas.

Em 1973, o relatório que realizo uma sexóloga feminista chamada Shere Hite sobre a sexualidade feminina e como, as 3000 mulheres que entrevistou apenas 30% tinham dito que tinham orgasmos por penetração. Por ende Coloca-se em jogo o papel quase necessário da figura masculina para o prazer e cobra vida a ideia do cronologicamente, o órgão feminino dedicado exclusivamente ao prazer. Já nada volta a fazer o mesmo, nem para as mulheres, nem para os homens.

Simone de Beauvoir definiu o feminismo como “um modo de viver individualmente e de luta coletivamente”. Isso se aplica até os dias de hoje, onde as pequenas lutas se tornam grandes e uma voz importa, muitas, nem te conto.

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guadalupe camurati

guadalupe camurati

Desenhador gráfico, podcast e criador de conteúdo. Em 2020, fiz a tese sobre o prazer feminino e, desde então, acho conteúdo sobre educação sexual em redes. Recentemente comecei um podcast chamado "O ponto G".

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