Na montanha-russa das exigências da vida, é fácil perder a noção do tempo. Somos apanhados na azáfama, correndo de um compromisso para o outro, sem parar para fazer um balanço dos momentos que nos escapam por entre os dedos como grãos de areia. Quantas vezes nos sentamos, sentamos mesmo, e reflectimos sobre a passagem do tempo? Com que frequência nos damos ao luxo da nostalgia, de recordar os dias em que éramos apenas amigos despreocupados, a brincar juntos sem preocupações?
Parece que foi ontem que estávamos a rir e a brincar, a criar memórias que pensávamos que iriam durar para sempre. No entanto, num piscar de olhos, esses dias desvaneceram-se na distância, substituídos pelas responsabilidades e pressões da idade adulta. Damos por nós a ser arrastados pela marcha implacável do tempo, lutando para acompanhar o seu ritmo enquanto perseguimos os nossos sonhos e aspirações.
Mas na nossa ânsia de "fazer sucesso" no mundo, esquecemo-nos muitas vezes de fazer uma pausa e apreciar a viagem. Esquecemo-nos de reservar um momento para refletir sobre o caminho que percorremos e os laços que nos acompanharam ao longo dos anos. Esquecemo-nos de contactar os amigos que outrora foram nossos companheiros constantes, de partilhar uma gargalhada e de recordar os bons velhos tempos.
É uma tendência demasiado comum no mundo acelerado de hoje. Ficamos tão envolvidos nas nossas próprias vidas, nas nossas próprias lutas e realizações, que nos esquecemos de arranjar tempo para as pessoas e os momentos que realmente importam. Esquecemo-nos de que a vida não se resume a alcançar o sucesso ou a atingir os nossos objectivos, mas sim a desfrutar dos prazeres simples e das ligações que fazem com que valha a pena viver.
Peço a todos nós que façamos um esforço consciente para abrandar o ritmo, para reservar momentos nas nossas agendas ocupadas para nos sentarmos e reflectirmos sobre a passagem do tempo. Vamos contactar os amigos que têm estado connosco nos bons e nos maus momentos e arranjar tempo para reviver velhas memórias e criar novas. Não deixemos que os anos passem despercebidos, mas, em vez disso, abracemos cada momento à medida que ele chega, apreciando as amizades e as experiências que tornam a vida verdadeiramente significativa.
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