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Paz permanente ou simplesmente uma pausa no conflito do Oriente Médio: o que mudou em Gaza?

Por delfina santamarina

Paz permanente ou simplesmente uma pausa no conflito do Oriente Médio: o que mudou em Gaza?

Dois anos após o ataque do Hamas a Israel, que desencadeou uma das guerras mais longas e devastadoras no Oriente Médio, nesta sexta-feira finalmente começou um cessar-fogo na Faixa de Gaza. O acordo, impulsionado pelo presidente americano Donald Trump, busca encerrar mais de vinte e quatro meses de confrontos, com a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos como eixo central do pacto.

Segundo informou o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o gabinete israelense aprovou nas primeiras horas da sexta-feira o esboço do acordo que marca o início da "primeira fase" do processo. Nas próximas 24 horas, o exército israelense começará a se replegar para uma linha que deixará sob seu controle cerca de 53% da Faixa de Gaza. Isso significa que Israel não se retira completamente de Gaza. Como parte do acordo, suas tropas se retirarão parcialmente, mas manterão o controle militar sobre uma parte do território, que equivale aproximadamente a 53%, segundo um mapa divulgado pela Casa Branca. 

Durante as 72 horas posteriores ao início do cessar-fogo, o Hamas deverá liberar os 20 reféns que ainda permanecem vivos, entre eles três argentinos. Depois, espera-se a devolução dos restos de outros 28 falecidos, embora ainda não tenha sido especificado quanto tempo essa etapa levará.

Israel se comprometeu a liberar 250 prisioneiros palestinos condenados à prisão perpétua e outros 1.700 detidos provenientes de Gaza, além de devolver os corpos de 15 palestinos para cada refém israelense entregue. A medida busca dar uma resposta humanitária a ambos os lados do conflito, embora gere tensões internas.

O acordo chega após meses de negociações secretas e pressões internacionais, em um contexto onde a população civil de Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes e o território permanece em ruínas após os bombardeios. 

No entanto, a pergunta que ressoa é inevitável: será este cessar-fogo o início de uma paz duradoura ou apenas uma pausa em um conflito que parece não ter fim?

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