Depois de 40 anos de democracia, chegámos ao século XXI sem uma classe dirigente à altura das circunstâncias que o país atravessa.Como pode ser, que depois de termos contado em nosso teres com pró-ceres e estadistas, que marcaram o rumo de muitas nações e colocaram a Argentina entre os países mais desenvolvidos, hoje estamos sem condutores que possam tirar o país em frente?
Quando se perdeu o dom de liderar no nosso país?
Com base nas minhas reflexões, cheguei à conclusão que, a partir das campanhas do Pro, mudou-se o modo de fazer política.Claramente, os membros fundadores deste partido político, na sua maioria, provêm de setores sociais médios e altos. Por esta razão, compreender que são as circunstâncias que afectam estes grupos resultou-lhes afín e conhecidas.No entanto, chegar à grande massa de eleitores das classes mais baixas significou um verdadeiro desafio. Buscar empatia com um grupo que não se pertence e em que, muitas vezes, as relações eram de mútua rejeição.Neste ponto é onde aparece a magia do consultor Duran Barba, que utilizou, entre outras ferramentas aos famosos focus groups para entender como pensava esta “otra gente” e como poder “llegarles”, tanto na forma de comunicar como no conteúdo da comunicação.É inegável que o procedimento foi extremamente bem-sucedido quanto aos resultados políticos. Esta estratégia levou ao Pro a dirigir os destinos da Cidade de Buenos Aires durante mais de 20 anos, tem liderar uma aliança com o tradicional partido Radical, a chegar à presidência da Nação em 2015 e a manter presença legislativa e executiva em muitas das províncias do país.Agora, não é tudo ouro o que reluce.Ao abrigo do sucesso que representou aproximar os líderes com os dirigidos por meio de ferramentas de análise e tecnologia nas redes sociais, a gestão pública, ou seja, o exercício do poder, entrou num modo minuto a minuto, como fora um programa de televisão ou rádio, no qual os líderes estão pendentes do impacto que têm os seus e ações para modificá-las sobre a marcha se recebem algum tipo de rejeição ou abordagem.Atualmente, todas as propostas políticas funcionam com este modelo, de detectar o que as pessoas querem, em vez de analisar o que a sociedade e o país precisam.Esta nova forma de liderar está a terminar com os líderes, pois atualmente aqueles que dirigem o fazem em função do que a maioria das pessoas opina, doegando um papel exclusivo para estrategas e estadistas.Os verdadeiros líderes projetam sobre seus seguidores seus pensamentos e decisões mostrando sinais e caminhos para onde há que ir.Em vez disso, os pseudo-líderes que baseiam a sua gestão na opinião dos liderados são apenas um reflexo do grupo que dirige.Governar é definir um modelo a seguir e ordenar aos governados para conseguir os objetivos para alcançá-lo.Ser chefe, líder ou líder é uma tarefa reservada para muito poucos. Empatizar com aqueles que são dirigidos é fundamental, porém, é muito diferente projetar que refletir, pois, no primeiro dos casos, as propostas surgem de uma elaboração cuja coerência parte da unidade de critério, enquanto no segundo vêm da interpretação do que outros dizem que querem ou pensam.Estas eleições puseram em evidência ambos os modelos de liderança, por um lado os que colocaram o cavalo à frente do carro e pelo outro, os que investiram a ordem.O resultado das Passo demonstrou que a cidadania em forma consciente ou inconsciente votou em busca da ordem natural, ou seja, privilegiando as propostas mais que as expressões de empatia.Existe dentro das propostas eleitorais um verdadeiro líder?Deseja validar este artigo?
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horacio gustavo ammaturo
Chamo-me Gustavo Ammaturo. Sou licenciado em Economia. CEO e Diretor de empresas de infraestrutura, energia e telecomunicações. Fundador e mentor de empresas de Fintech, DeFi e desenvolvimento de software. Designer de produtos Blockchain.
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