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O legado do libertador: reflexões de San Martín no século da IA

Por Micael Peralta

O legado do libertador: reflexões de San Martín no século da IA

José de San Martín

No dia 17 de agosto de 2025, comemoraram-se 175 anos do falecimento do General José de San Martín, uma grande figura na história da independência da América Latina e especialmente da Argentina. Conhecido como o "Libertador", San Martín não apenas marcou um antes e um depois na luta pela libertação dos povos sul-americanos, mas também deixou um legado de valores, estratégia e compromisso que ressoam até nossos dias.


Nascido em 25 de fevereiro de 1778 em Yapeyú, na atual província de Corrientes, Argentina, José de San Martín dedicou sua vida à causa da liberdade. Após se formar militarmente na Espanha e participar de combates contra as forças napoleônicas, retornou à sua terra natal em 1812 com o objetivo de libertar a América do domínio colonial espanhol. Sua visão não se limitou a um único país, mas abrangeu um projeto continental, buscando a unidade e a independência dos povos sul-americanos.

San Martín é célebre por liderar a jornada libertadora que resultou na independência da Argentina, Chile e Peru. Seu feito mais destacado foi a travessia dos Andes em 1817, uma proeza logística e estratégica que permitiu a libertação do Chile e estabeleceu as bases para avançar em direção ao coração do domínio espanhol na América do Sul. Este episódio, considerado um dos maiores feitos militares da história, reflete sua capacidade de planejamento, liderança e sacrifício.


Em 17 de agosto de 1850, em Boulogne-sur-Mer, França, José de San Martín faleceu aos 72 anos, longe da terra que libertou. Seu exílio voluntário na Europa, após renunciar ao poder no Peru, representava seu desinteresse pela glória pessoal e sua recusa em se envolver nas lutas internas que se seguiram às guerras de independência. Viveu seus últimos anos em modéstia, acompanhado de sua filha Mercedes e suas netas, deixando para trás uma vida marcada pela honra e pela coerência com seus ideais.

Na Argentina, sua morte é lembrada como o "passo à imortalidade", uma expressão que reflete o impacto eterno de sua obra. A 175 anos daquele dia, sua figura continua sendo um símbolo de unidade, sacrifício e patriotismo, não apenas na Argentina, mas em todo o mundo, com mais de 60 estátuas em sua honra, em países como Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Brasil, entre muitos outros.


No 175º aniversário da morte de José de San Martín, a inteligência artificial (IA) redefine sua imortalidade ao reviver o Libertador em formatos digitais como vídeos, simulações conversacionais e podcasts gerados por algoritmos, permitindo que novas gerações interajam com seu legado de independência da Argentina, Chile e Peru; no entanto, essas recriações, que vão desde "entrevistas" virtuais até avatares que rejuvenescem sua imagem, despertam debates éticos sobre a fidelidade histórica e o uso da "voz" de um herói nacional, enquanto projetos educacionais e publicações em redes como X mostram como a IA transforma a memória coletiva em uma experiência interativa e viva.

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Micael Peralta

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