Após 133 dias na clandestinidade devido à perseguição chavista, María Corina Machado reapareceu nesta quinta-feira em Caracas (AFP)
A líder da oposição, María Corina Machado, teria sido interceptada e detida por forças do regime de Nicolás Maduro após participar de uma protesto em Chacao, Caracas. Segundo versões preliminares do espaço opositor Comando Venezuela, efetivos do regime teriam disparado contra as motos que a transportavam, presumivelmente ferindo um motociclista que fazia parte de sua segurança.
Onde estaria María Corina Machado?
Até agora, os rumores indicam que Machado poderia estar retida em uma dependência do Serviço de Inteligência Militar (DGCIM). Essa ação teria ocorrido em um contexto de crescente repressão no país, com as fronteiras bloqueadas e as principais cidades sob controle das forças chavistas, segundo diversas fontes.
A dimensão internacional do conflito
Enquanto a situação interna se agrava, o contexto internacional não parece oferecer uma saída imediata. Alguns analistas especulam que Donald Trump, caso retome a presidência dos Estados Unidos, poderia estar considerando negociar com a Rússia um fim ao conflito na Ucrânia em troca de que Putin pare de apoiar o regime de Maduro. Essa jogada geopolítica, embora incerta, poderia abrir uma porta para deslocar o chavismo do poder.
Entretanto, também se rumores de que Maduro já teria tomado precauções, enviando toneladas de ouro à Rússia com a Turquia como ponte. Nesse cenário, Putin poderia garantir asilo político caso ele perca o controle do país.
Por outro lado, China e Rússia continuariam sendo pilares para a sustentação do regime. Enquanto essas potências continuarem a oferecer apoio econômico e político, a ditadura poderia se manter de pé, sem importar as sanções ou tentativas internacionais de isolá-la.
O silêncio da comunidade internacional
A falta de reação contundente por parte da ONU e da Corte Penal Internacional só alimenta a frustração entre os venezuelanos. Apesar das denúncias constantes sobre violações dos direitos humanos, essas instituições ainda não agem com firmeza diante de um regime que, segundo relatórios, estaria aprofundando a perseguição política.
Uma mensagem de resistência
Antes de ser detida, María Corina Machado teria reiterado sua postura inabalável: "A liberdade da Venezuela não é negociável por minha liberdade".
Enquanto isso, a oposição se prepara para o que poderia ser um dia importante. Amanhã, Edmundo González Urrutia estaria planejando assumir uma nova liderança no movimento opositor, acompanhado por ex-presidentes que manifestaram seu apoio. No entanto, é provável que o regime intensifique as ações contra qualquer tentativa de reorganização política.
Um povo que não se rende
A situação na Venezuela continua incerta, mas uma coisa é clara: a ditadura poderá continuar enquanto contar com o apoio de atores internacionais. No entanto, o povo venezuelano não perde seu espírito de resistência.
Em um país onde a esperança é um ato de coragem, os gritos de liberdade continuam sendo mais fortes do que o silêncio cúmplice da comunidade internacional.
Glória ao bravo povo.
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