10/07/2025 - tecnologia-e-inovacao

A IA na América Latina: superando a incerteza para construir um futuro de trabalho mais humano

Por Sebastián Rinaldi

A IA na América Latina: superando a incerteza para construir um futuro de trabalho mais humano

O futuro do trabalho na América Latina é marcado por uma pergunta recorrente: a inteligência artificial (IA) nos deixará sem trabalho? Esta pergunta, embora válida em seus primeiros momentos de impacto, já começa a se tornar obsoleta. O verdadeiro desafio é como nos adaptarmos e aproveitarmos a IA para transformar o mercado de trabalho de maneira que beneficie os trabalhadores, empreendedores, empresas e a sociedade em geral. Em vez de nos concentrarmos se a automação eliminará empregos, devemos nos fazer a seguinte pergunta: como podemos usar a IA para empoderar os trabalhadores, melhorar suas condições e abrir novas oportunidades?

A IA: transformação, não substituição

Na América Latina, a adoção da IA avança rapidamente, mas com desafios próprios. Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), 28% dos empregos na região estão expostos à automação no curto prazo, percentual que aumenta para 38% em cinco anos e para 44% em dez anos. No entanto, a IA não foi criada para substituir os humanos, mas para mudar a natureza das tarefas. Ao automatizar funções repetitivas e monótonas, os trabalhadores são liberados para se concentrar em atividades de maior valor: criatividade, tomada de decisões complexas e resolução de problemas estratégicos. Setores como atendimento ao cliente, marketing digital, saúde e logística já estão incorporando ferramentas de IA para melhorar a produtividade e eficiência, otimizando tempos e custos, ao mesmo tempo que abrem novas oportunidades.

Este é um aspecto fundamental: a automação não significa o desaparecimento dos empregos, mas a transformação das tarefas. De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 26% e 38% dos empregos na América Latina e no Caribe poderiam ser afetados pela IA generativa, mas desses, apenas 2% a 5% estão em risco de substituição total. Entre 8% e 14% dos empregos, em contrapartida, poderiam melhorar sua produtividade graças à IA. Este dado é fundamental: a IA atuará como complemento, não como substituto, dos trabalhadores na maioria dos casos.

O empoderamento trabalhista: uma oportunidade para mercados emergentes

O verdadeiro desafio reside em como nos preparar para essa transformação. A América Latina tem uma grande oportunidade para aproveitar a IA. Os mercados emergentes podem usar esta tecnologia para superar as lacunas de produtividade que historicamente limitaram seu crescimento. Segundo o Banco Mundial, a adoção da IA na região pode não apenas aumentar a produtividade, mas também melhorar as condições de trabalho ao permitir a criação de empregos mais especializados e menos vulneráveis à automação.

Laburen.com está liderando essa transformação ao criar um ecossistema único de humanos digitais e agentes de IA, projetados especificamente para as empresas da região. Laburen.com foca em integrar soluções de IA específicas, com modelos e bases de dados adaptados às realidades locais. Essa abordagem não apenas melhora a empregabilidade, mas também permite que as empresas otimizem seus processos, aumentem sua competitividade e acessem talentos especializados sem as barreiras tecnológicas que dificultam a adoção de IA em muitos setores. Os trabalhadores, por sua vez, têm acesso a novas oportunidades de emprego em áreas-chave, como gestão de algoritmos, ética digital e segurança cibernética, que são fundamentais para o futuro do trabalho.

Colaboração entre humanos e inteligência artificial

É essencial que mudemos nossa mentalidade sobre a IA e entendamos que ela não chegou para substituir os seres humanos, mas para trabalhar junto com eles. De fato, em muitos setores, a IA pode otimizar os processos, mas sempre haverá um componente humano que não pode ser substituído. Em vez de nos perguntarmos se a automação eliminará empregos, devemos pensar em como colaborar com a IA para criar um mercado de trabalho mais eficiente e menos dependente de tarefas repetitivas.

Os governos, empresas e trabalhadores devem colaborar para promover a inclusão digital, investir em capacitação tecnológica e adaptar as ferramentas às necessidades específicas da região. Segundo o relatório da CEPAL, um quarto das atividades laborais na América Latina poderia ser automatizado na próxima década, o que ressalta a magnitude da mudança, mas também a oportunidade de adaptação para que a região se coloque à frente da inovação tecnológica. Essa abordagem colaborativa não apenas melhorará a produtividade, mas garantirá que todos os setores da população se beneficiem da revolução tecnológica.

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