08/04/2024 - Tecnologia e Inovação

Um futuro mais seguro: a promessa da inteligência artificial na saúde materna e fetal.

Por Sol Kidonakis

Um futuro mais seguro: a promessa da inteligência artificial na saúde materna e fetal.

O progresso tecnológico abriu novas portas no mundo da maternidade, graças à inteligência artificial. A ligação entre a inteligência artificial e a maternidade está a tornar-se cada vez mais evidente à medida que a tecnologia avança em duas áreas cruciais: a fertilidade assistida e os cuidados médicos durante a gravidez e o parto.

Por um lado, no domínio da fertilidade assistida, a Inteligência Artificial está a dar passos gigantescos para tornar os tratamentos mais eficazes e esperançosos, o que é conseguido através da simplificação do processo de seleção dos embriões com maior potencial de implantação e desenvolvimento saudável. Através de algoritmos avançados e de uma análise detalhada dos dados, é possível identificar os embriões com melhores características morfológicas e de divisão celular, aumentando assim as hipóteses de uma gravidez bem sucedida e reduzindo os riscos de complicações genéticas. Esta seleção está diretamente relacionada com a taxa de sucesso das gravidezes a termo. Esta tecnologia permite uma avaliação mais precisa e menos invasiva, o que constitui um avanço significativo no domínio da reprodução assistida.

Por outro lado, no domínio dos cuidados de saúde materna, a Inteligência Artificial também está a provar o seu valor. Ao processar grandes volumes de dados de registos médicos electrónicos e sinais vitais, pode antecipar e detetar possíveis complicações durante a gravidez e o parto. Esta capacidade preventiva permite uma intervenção precoce e personalizada, que pode salvar vidas e melhorar os resultados tanto para as mães como para os bebés. Facilita também a monitorização remota e as consultas médicas virtuais, garantindo um acesso mais equitativo aos cuidados de saúde, especialmente para as pessoas que residem em zonas remotas ou que têm um acesso limitado aos serviços de saúde.

Em termos mais concretos, isto significa que a Inteligência Artificial pode ajudar os médicos a identificar precocemente potenciais problemas com o feto antes de estes se tornarem complicações graves. Por exemplo, pode analisar imagens de ultra-sons e detetar anomalias fetais que poderiam passar despercebidas a um médico sem formação especializada em ultra-sons. Além disso, a monitorização da saúde fetal também beneficia com a Inteligência Artificial, uma vez que os actuais sistemas de monitorização fetal podem ser imperfeitos e não detetar sinais cruciais sobre o bem-estar do feto. Em suma, a Inteligência Artificial está a fornecer ferramentas mais precisas e eficazes para garantir a saúde e o bem-estar das mães e dos bebés durante a gravidez e o parto.

No entanto, é também crucial reconhecer que a sua integração no ambiente dos cuidados de saúde coloca desafios significativos. Em primeiro lugar, os médicos e os doentes têm de confiar na exatidão e na fiabilidade destes algoritmos para fornecerem recomendações médicas. Além disso, podem ter dificuldades em lidar com situações inesperadas ou complexas que não estão contempladas na sua programação.

É fundamental lembrar que, embora a tecnologia ofereça ferramentas valiosas, o fator humano continua a ser crucial nos cuidados médicos. A capacidade dos médicos para apoiar emocionalmente, ouvir e tranquilizar os doentes é insubstituível. Os cuidados médicos personalizados e empáticos continuam a ser um pilar fundamental dos cuidados de saúde materna e fetal.

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Sol Kidonakis

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